A mãe de uma aluna de 12 anos denunciou junto a Delegacia de Polícia Civil no ultimo dia 27 (segunda-feira), o comportamento de um professor da Rede Estadual de Ensino em Bataguassu.

O caso teria vindo a tona no dia 22 de junho, quando outros alunos procuraram o tutor da turma para contar que uma das meninas vinha sofrendo abusos de um dos professores. Após a denuncia feitas pelas colegas, a menina foi ouvida e confirmou os fatos. Ela contou também que o fato vem acontecendo sistematicamente há quase um ano e que teve medo que não acreditassem nela. 

De acordo com o relato da aluna, em agosto de 2021, quando as aulas iniciaram de forma remota em outra escola, ela passou a ter contato com o professor e neste período as situações de abusos começaram. Na época, a Escola Estadual Prof. Braz Sinigláglia possuía uma sala emprestada nas dependências da Escola Estadual Manoel da Costa Lima e o ensino estava acontecendo no sistema híbrido, que era quando os alunos assistiam uma semana de aulas presenciais e uma semana intercalada de aulas online. 

Em 2022 as aulas retornaram de forma presencial e os alunos retornaram para o prédio da Escola Estadual Prof. Braz Sinigláglia. O professor que consta na denuncia dos alunos na última semana, teve seu contrato renovado no início do ano e de acordo com a direção, ministrava 2 aulas todas as quintas-feiras. 

No dia seguinte à denuncia, o professor teve suas duas aulas supervisionadas pelo diretor-adjunto da escola. Ao fim das aulas, o professor teria sido levado à uma reunião e comunicado a cerca da denuncia. Segundo a direção da escola, ele negou os fatos. 

O professor foi orientado a permanecer em casa e um processo administrativo interno foi instaurado pela coordenação da escola. O caso seguiu para a Regional de Ensino de Nova Andradina e posteriormente, para Secretaria Estadual de Educação em Campo Grande. A escola esclareceu que aguarda ainda nesta quarta-feira um posicionamento informando oficialmente o afastamento do professor até que as investigações sejam concluídas. 

A Escola Estadual Prof. Braz Sinigláglia encontra-se sob a direção do diretor-adjunto Marcio Rodrigo por ocasião das férias do Diretor Geral de Ensino, Clodoaldo Farias. O Jornal Cenário conversou com Clodoaldo que informou que mesmo em férias, têm acompanhado o caso que segue o tramite jurídico exigido. 

De acordo com o diretor da escola, a mãe da aluna foi comunicada a respeito das circunstâncias que envolvem a menor, assim que tiveram consciência da situação. 

A mãe da menina também registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Policia Civil de Bataguassu que, junto ao Conselho Tutelar devem instaurar uma investigação simultânea a respeito do caso. 

Segundo o depoimento da menina, o professor costumava encostar-se ao corpo dela com frequência. De acordo com a menor, o professor buscava situações em que pudesse passar por trás da garota a fim de esfregar seus órgãos genitais nela. A menina também contou três circunstâncias em que o homem teria passado a mão na sua barriga e detalhou que ele tinha o hábito de fazer gestos obscenos em que, ao tocar sua mão, friccionava o dedo médio na palma da mão da menina. Em outro momento, ele teria pedido um beijo a aluna. 

O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher como importunação sexual e a conduta do professor será investigada.