Pais usam o domingo para compra de última hora de material escolar
Campo Grande News

Um programa em família diferente para uma manhã de domingo: comprar material escolar. Foi isso que consumidores de última hora fizeram hoje em papelaria na região central de Campo Grande. Nesta semana, as aulas voltam na rede municipal e em algumas escolas particulares do Estado. Depois do Carnaval, é a vez dos alunos das estaduais retornarem.
Para suprir a demanda, uma papelaria, no centro de Campo Grande, precisou fazer espécie de agendamento. “No sábado, tinha fila para entrar na loja. Deixamos só uma porta aberta para não lotar muito. Por isso, precisamos abrir hoje. Pegamos lista de alguns clientes que estiveram aqui ontem para atendê-los hoje”, conta o gerente do estabelecimento, Cajaíba Costa.
De acordo com ele, no sábado, apenas no período das 9h30 ao meio-dia, passaram pela loja 1,8 mil pessoas. “Vamos fechar o balanço na terça-feira, mas até agora tivemos aumento de 29% a 33% na comparação com o mesmo período do ano passado”, comparou o gerente. Ele acredita que as vendas cresçam até 60% em relação ao resultado de 2017.
O avanço pode ser reflexo da situação das finanças das famílias, impactadas pelo cenário econômico retraído. Com orçamento apertado, o consumidor tende a ficar mais cauteloso com os gastos e a procurar estabelecimentos com preços menores.
Costa citou exemplo que mostra economia de quase 30%. Ele comentou que uma lista de material tinha custo de R$ 750 se comprada diretamente na escola. “Aqui ficou por R$ 580, segundo contou uma mãe”, ilustrou. Para atender a procura maior, a papelaria precisou contratar 12 funcionários temporários.

O professor Márcio Rodrigo Vilela, 38 anos, viajou 355 quilômetros para economizar na compra de material escolar. Ele é de Bataguassu, mas como precisou levar a filha para consulta médica, já aproveitou para fazer as compras com preços menores.
“Em Bataguassu, está muito mais caro. Aqui estou economizando bastante”, afirmou o professor, que é pai de quatro filhos em idade escolar. “Converso bastante com eles sobre fazer economia. Eles entendem e não pedem material com personagens, por exemplo”, contou.

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